Embora possa ocorrer em qualquer pessoa, a enxaqueca feminina é a mais frequente. Um dos motivos para que isso ocorra são as causas desse problema, que podem estar atreladas aos hormônios.
No texto de hoje, separamos algumas informações sobre esse assunto.
As fases da enxaqueca
De acordo com o neurologista Dr. Mario Peres, a enxaqueca possui quatro fases. A primeira é chamada de “fase premonitória” e começa antes da dor. Durante essa fase é possível sentir cansaço, dores musculares, vontade de comer doces, bocejos e alteração de humor.
Depois se inicia a “fase aura” que acontece somente em 15% das pessoas que sofrem com a enxaqueca. Ela é bastante visual e os sintomas são o turvamento da visão, a presença de pontos luminosos e/ou escuros e o formigamento ou perda de sensibilidade.
O momento de maior sofrimento é certamente a “fase da cefaleia”, marcada pelo início, de fato, da enxaqueca. Nesse momento, a sensação de dor é aguda e sente-se latejamento em apenas um lado da cabeça. Os sintomas pioram com esforços físicos.
O último estágio da enxaqueca feminina é chamado de “fase posdrômica” e consiste em cansaço, dores musculares, dificuldade de concentração e até intolerância a alimentos. Suspeita-se de que ela seja resultante do esforço do corpo para se recuperar da dor.
Causas da enxaqueca feminina
Antes de saber como tratar as enxaquecas, é essencial saber quais são suas causas e como evitá-las.
Queda de estrogênio
Embora ainda não se tenha certeza sobre o papel desse hormônio no cérebro, já foi descoberto que há uma relação entre ele e a sensibilidade a dor. Quando o nível de estrogênio cai, dores que poderiam passar despercebidas são sentidas com muito mais intensidade.
Por este motivo, as enxaquecas costumam ocorrer antes ou depois da menstruação. Durante a gravidez, os níveis de hormônios ficam mais elevados, o que pode fazer com que as crises não ocorram. No entanto, logo após o nascimento do bebê, os níveis hormonais voltam ao normal e as crises tendem a retornar também.
Já durante a menopausa a tendência é que as crises diminuam. No entanto, quando a situação é forçada, como em casos de retirada de ovários, por exemplo, as enxaquecas tendem a piorar
Estresse
O estresse é uma das principais causas das crises de enxaqueca feminina. Preocupações com os filhos, responsabilidades demais no trabalho e a dupla jornada contribuem para o aumento da agitação, das preocupações e consequentemente, da frequência das dores.
Prisão de ventre
A prisão de ventre está relacionada a enxaqueca de várias formas. Primeiro porque os movimentos intestinais podem causá-la diretamente. Além disso, o estresse decorrente da dificuldade em evacuar pode levar a enxaqueca.
Entenda melhor as dificuldades da prisão de ventre através de um estudo científico realizado na Universidade de Caxias do Sul sobre uso de Fibras no tratamento da constipação intestinal funcional.
Intolerância alimentar
Não é de hoje que as enxaquecas estão relacionadas à alimentação. Embora os alimentos não sejam a causa da enxaqueca de fato, eles podem provocar crises. Alguns exemplos são: chá preto, trigo, ovos, chocolate, café, queijo e bebidas alcoólicas.
Além de descobrir quais são os alimentos que podem causar crises (eles podem mudar de pessoa para pessoa), é importante ter uma alimentação balanceada e rica em vitaminas e minerais. Lembre-se de que o corpo é como uma máquina e precisa ser bem preservado para ter um bom funcionamento, isso inclui a saúde intestinal.
Tratamento
Os tratamentos são bem variados, normalmente de acordo com as causas. Caso o problema seja hormonal, por exemplo, a dor é tratada com medicações, prescritas por um médico.
No entanto, sempre que houver a enxaqueca feminina é recomendado consultar um nutricionista funcional para prevenir as crises e também elaborar uma dieta com uma reeducação alimentar funcional apropriada para evitar as alergias e intolerâncias de alguns alimentos.
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